domingo, 26 de noviembre de 2017

Na Argentina a maioria das pessoas se horroriza com a palavra nazi ou Hitler. Não sei porque.

Na Argentina a maioria das pessoas se horroriza com a palavra nazi ou Hitler. Não sei porque.
Hoje boa parte da sociedade argentina parece não só não se importar com a perseguição e assassinato de membros de comunidades originárias, muitos deles apoiam a brutalidade do governo do regime de Mauricio Macri. Mais ainda, na Argentina vc poderá ver ruas, praças, avenidas e prédios com o nome Julio Argentino Roca. Esse sujeito foi quem propus e executou o extermínio dos habitantes originários para entregar as terras aos contrabandistas do Porto de Buenos Aires. Seria como ter ruas com o nome de Hitler em Berlin, para mim é inimaginável. Bom, na Argentina pode.
O racismo, o fascismo, as práticas de extermínio não são apenas um acontecimento europeu. Argentina tem uma tradição consistente e boa parte da sua população continua cultivando essa perversão. O engraçado é que esse setor social e político sempre se fez chamar de liberal. O dramático é que o exercício do poder político em suas mãos coloca em funcionamento uma máquina cínica com detalhes de perversão sem necessidade. Mas isso não deve nos surpreender.
O perverso está sob o mando do Outro numa exigência de gozo e por isso sua saída pulsional é perversa.
Na Argentina a perversão da oligarquia fazendeira portenha atua sob a sombra da metrópole que garante que seus "excessos" não sejam punidos. A esse esquema se articula o ódio e o ressentimento de pessoas de classe trabalhadora e classe média que, em função de uma promessa de gozo se submetem ao poder do Senhor.

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