Há duas perguntas
que me faço e tento me responder.
(1) a serviço de
quem está este golpe e este modo de agir?
(2) quem age desse
modo.
O slogan do golpe é
a luta contra o comunismo e a corrupção. De fato não vivemos no comunismo, mas
sim vivemos um momento de inclusão social e talvez seja isso o que incomode a
alguns a tal ponto de chamar de "comunismo" como quem nomeia um
fantasma. Então se descobre a corrupção que sempre teve, mas "agora é
sistemática" ou "institucionalizada" e é preciso eliminar. (Como
se uma ditadura não fosse essencialmente um governo corrupto). Mas sabemos que
a consequência do impeachment é a toma do poder de pessoas como Cunha, Temer e
Aécio que não vão a acabar com a corrupção, mas sim com a inclusão social.
Então eu suspeito que não é a corrupção nem o comunismo o que afeta e sim a
inclusão social. Por isso se explora o ódio, por isso se reivindica o direito
de dizer "mate um petista", por isso uma médica pode recusar uma
criança de mãe petista e isso ser festejado. O objetivo parece ser quebrar o
diálogo, romper os laços sociais estabelecer um processo de des-identificação
social. Dessa forma também se passa de "o petróleo é nosso" a
"não me interessa de quem é". A desagregação social possibilita a
indiferença e com isso o fim da justiça social com democracia e a defesa da
soberania política e a independência econômica do país.
A
identificação com slogans vazios que não conduzem a lugar nenhum parecem tem um
fim bastante claro, o fim das políticas de inclusão social.
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