viernes, 1 de abril de 2016

O para que e o quem do golpe no Brasil

Há duas perguntas que me faço e tento me responder.
(1) a serviço de quem está este golpe e este modo de agir?
(2) quem age desse modo.
O slogan do golpe é a luta contra o comunismo e a corrupção. De fato não vivemos no comunismo, mas sim vivemos um momento de inclusão social e talvez seja isso o que incomode a alguns a tal ponto de chamar de "comunismo" como quem nomeia um fantasma. Então se descobre a corrupção que sempre teve, mas "agora é sistemática" ou "institucionalizada" e é preciso eliminar. (Como se uma ditadura não fosse essencialmente um governo corrupto). Mas sabemos que a consequência do impeachment é a toma do poder de pessoas como Cunha, Temer e Aécio que não vão a acabar com a corrupção, mas sim com a inclusão social. Então eu suspeito que não é a corrupção nem o comunismo o que afeta e sim a inclusão social. Por isso se explora o ódio, por isso se reivindica o direito de dizer "mate um petista", por isso uma médica pode recusar uma criança de mãe petista e isso ser festejado. O objetivo parece ser quebrar o diálogo, romper os laços sociais estabelecer um processo de des-identificação social. Dessa forma também se passa de "o petróleo é nosso" a "não me interessa de quem é". A desagregação social possibilita a indiferença e com isso o fim da justiça social com democracia e a defesa da soberania política e a independência econômica do país.

A identificação com slogans vazios que não conduzem a lugar nenhum parecem tem um fim bastante claro, o fim das políticas de inclusão social.

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