viernes, 1 de enero de 2016

As contas do liberalismo

Os governos kirchneristas receberam um país cuja dívida representava o 164% do PBI no inicio da gestão em 2003 e devolveram a gestão de Estado como uma dívida que representa menos do 40%. Estiveram 12 anos sem tomar dívida externa, sem atrasar salários nem pagos, tiveram investimentos em infraestrutura e políticas públicas de redistribuição de renda em todo o país. 12 anos onde as contas públicas passaram de um país quebrado e com desemprego de 27% a um país com emprego e consumo interno. No final da gestão em 2015 as reservas no Banco Central estão perto dos 30 bi U$, a arrecadação desenha uma curva ascendente e constante há anos.
No entanto, no primeiro dia do governo liberal a gestão de Macri decide se endividar. Qual é a necessidade?
Primeiro é importante saber que quem faz esse tipo de acordos ganha uma comissão. Em segundo lugar, a decisão não está determinada por uma urgência de pagos porque os pagos estão todos em dia. Também não há necessidade de divisas porque a demanda se demonstrou abaixo da oferta. Também não se trata de dinheiro para infraestrutura porque o pedido de empréstimo foi para gastos correntes.

A decisão do governo Macri em se endividar está pautada em fazer uma gestão amarrada às linhas de empréstimo dos grupos financeiros internacionais e não vinculada ao próprio desenvolvimento e produção. Dado que as contas estão em dia a decisão de se endividar nos mostra claramente os dois projetos:
1. fazer um governo ligado às corporações, com empréstimos de grupos internacionais.
2. fazer um governo ligado ao trabalho e a produção, com financiamento próprio.

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