martes, 1 de diciembre de 2015

No Brasil das grandes empresas jornalísticas o importante é o relato de bastidores

A grande Mídia transformou a análise política em "relato de bastidores" e com isso impus uma agenda acorde aos interesses financeiros dos seus proprietários.
No Brasil não se discute o mensalão mineiro do PSDB, nem os 20 anos de propina da Siemens ao PSDB de São Paulo, nem ter secado a maior fonte de água de São Paulo em 20 anos de gestão do PSDB, nem o helicóptero com 450 quilos de cocaína de um aliado do Aécio (PSDB), nem todos os processos por corrupção que foram encaminhados no Paraná contra o governador Carlos Alberto Richa (PSDB), nem o caso Banestado entre 1996-2002 usado para mandar dinheiro ilegal a paraísos fiscais (durante a gestão PSDB) nem a privatização da Vale por 9 bi. financiados pelo Estado administrado pelo PSDB, e claro, nem uma palavra sobre a maior fraude financeira da história da humanidade realizada pelo HSBC.

Não, não é porque sejam do PSDB, mas porque usam a estrutura de um partido político consolidado para quebrar a institucionalidade democrática, baseada no funcionamento de partidos políticos.

O objetivo é derrubar o governo Dilma, mas não para acabar com a corrupção, porque todos sabemos que isso não vai ocorrer por causa de um impeachment, senão para eliminar por um bom tempo qualquer possibilidade de uma gestão que retome as políticas de redistribuição de renda e inclusão social e com isso usar o Estado exclusivamente em beneficio próprio, sem precisar se preocupar com o "gasto social" do bolsa família, eles só querem o dinheiro da pauta publicitaria do governo, os contratos editoriais do governo, os empréstimos subsidiados do governo para concorrer no "mercado livre".

Com o PT fora do governo as chances de algum tipo de agente político assumir o projeto popular deixam de existir. Partidos como o PSOL, PCdoB ou análogos não tem capacidade real de massas nem estrutura para se constituir como alternativa real de poder. Com o PT fora a alternativa é o setor mais liberal (no econômico)-conservador (no político) do PMDB, o PSDB de Aécio e Serra (querendo entregar a Petrobras às petroleiras estadunidenses) e o velho ARENA - DEMOCRATA.

A direita liberal só gosta de eleições quando ganha e consegue impor sua teoria do "mercado livre", livre de concorrentes. A direita liberal só é institucionalista quando as instituições se confundem com o quintal da sua casa. Quando perdem no jogo democrático gritam "fraude" ou se dedicam ao golpismo. Pouco lhes interessa a institucionalidade republicana.

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