A ditadura cívico-militar argentina 1976-1983, num plano sistemático de genocídio implantado pelo Terrorismo de Estado organizado desde o comando do governo de facto, sequestrou, torturou, roubou, estuprou, assassinou e fez desaparecer milhares de estudantes, trabalhadores, cientistas e empresários por se oporem ao regime de tirania. Além disso, se apropriou de 500 crianças recém nascidas ou nascidas diretamente nos centros de tortura. Essas 500 crianças (nascidas entre 1975 e 1982) sequestradas pelos torturadores foram criadas com identidade falsa, muitas delas pelos próprios assassinos dos seus pais.
Hoje as Abuelas de Plaza de Mayo confirmam terem encontrado o neto 119. Após quase 40 anos mais um neto pode se reencontrar com sua verdadeira identidade, com sua história e com sua família, isto é, com o que lhe foi roubado por um governo perverso organizado por setores militares e coordenado pela Sociedade Rural Argentina.
por Daniel Omar Perez
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